quinta-feira, 25 de abril de 2013

Eu costumava gostar do seu nariz, e do sinal que tinha nele
Eu ria quando você falava que não gostava, e eu dizia que nossos filhos teriam um igual, seu nariz e seus olhos.
Por um momento eu deixei a saudade entrar e ela fez um estrago, porque eu senti saudade de mim, de ser feliz com você, de rir, de viver.
Acho que restaram as memórias de uma amor que não foi amado por nó, e elas ainda são a parte viva de mim, a parte que você não conseguiu matar.
Eu nunca morei na casa que a gente sonhou, eu nunca fui ao casamento que a gente planejou e nunca conheci os filhos que a gente teve.
E foi isso que me matou, essa saudade do que eu nunca tive.
A gente segue em frente, é isso que gente grande faz, mas todo dia eu penso em te escrever, só pra dizer que o meu amor ninguém conseguiu levar, só pra dizer que seu lugar ainda é dirigindo o meu carro enquanto eu encosto a cabeça no seu ombro.
Não que faça diferença, não que vá mudar, mas acho que você se sentiria orgulhoso de saber que eu aceitei pagar o preço de ser forte e madura e nao discar , fingir que esqueci o seu número, onde você mora, onde você trabalha, mas sabe, eu ainda vou no lugar que eu te conheci, eu sento na mesma mesa, e por 5 minutos eu tenho uma fé daquelas de criança, aquelas que faz a gente acreditar em papai noel, e nesses 5 minutos eu imagino que você vai entrar e sentar comigo, pra gente se conhecer de novo.
Você nunca entrou.