terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Incerto


Vazio. Era o que eu sentia, na verdade chegava mais próximo do que eu parecia sentir, como o vazio dos passos que você dava em direção ao nada, meu nada. Sem lágrimas, ou dor aparente, meus olhos pequenos te acompanhavam na sua jornada, enquanto minha mente rodava, sem palavras, ou nenhuma reação, era como parar..a única coisa que se movimentava eram seus pés, naquele andar desajeitado e devagar, pesado, no fundo você sabia o quanto ia levar de mim, e aquela tarde ensolarada de quarta, se tornou num eterno e nublado domingo, enquanto a chuva caía na minha vida, como se fossem as lágrimas que eu queria chorar e não conseguia, eu não entendia, e não me movia, você simplesmente estava indo, sem encarar e sem ao menos tentar, sem pensar nos pontos de interrogação e de todos os "e se" se tivesse sido pra ser. Apenas um "tenho que ir" e uma lágrima que não escorreu, apenas se formou, mas não teve a menor pretensão de acontecer, talvez como nós. E como a areia que escorre em minhas mãos, eu te vi ir, sem gritar, lutar eu sabia que o seu medo havia me consumido também. Mas seus passos ainda ecoam em meus ouvidos, como se a porta entre nós estivesse emperrada, mas o que isso siginifica?Não sei, sei apenas, que a sua desistência foi o bastante, pra ir em frente, mesmo quando os seus passos martelam em mim como ponteiros de um relógio, um futuro iminente que um dia vai chegar pra nós dois.

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Amanda Moura

3 comentários:

Pingo de Leite disse...

Nossa! Que triste! Porém, muito bom o texto que vc postou. Parabéns pelas idéias que fluem coerentemente.

Ricardo disse...

nossa muito bom t eu blog *-* como que se faz esse fundo e akeles ra biscos rosa nas tuas postagens *.*

show de bola, abração e vlw pela visita!

Ricardo disse...

muito obrigado pela ajuda Amanda ;)